quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Reciclagem - Uma necessidade

          
             Por muitos anos, o problema do lixo era encarado como parte do saneamento básico, mas o desenvolvimento da consciência ecológica vem dando destaque à sua problemática e às suas conseqüências desastrosas para o meio ambiente.
            As autoridades brasileiras ainda tratam o lixo como o último tópico do saneamento básico, apesar do crescimento em todo o país dos lixões que abrigam milhares de trabalhadores em condições sub-humanas, além de propiciarem a contaminação do solo e das águas.
            Soluções simples para o tratamento do lixo nos grandes e pequenos centros urbanos brasileiros já provaram ser eficientes. Temos, portanto, que fazer nossa parte e colocá-los em prática.
            Os passos que levam a solução parcial do problema são: acondicionamento correto do lixo, transporte do lixo, coleta seletiva, reciclagem e armazenamento do resíduo final.
            Os primeiros passos são o acondicionamento e o transporte do lixo, com o estabelecimento de medidas legais que permitam a organização do sistema de limpeza dando início a um melhor funcionamento de todo o sistema de higienização das ruas e do meio ambiente. Dentro das residências, estabelecimentos comerciais, hospitais e indústrias deverão ser feitos os acondicionamentos necessários, pois reduzem as possibilidades de contaminação até o seu destino final. O transporte constitui fase importante e requer boa parte dos recursos financeiros disponíveis, sendo aconselhável fazer a coleta em dias alternados para baixar os custos.
            A coleta seletiva é a coleta consciente e fundamental para o melhor aproveitamento do lixo e oferece alternativas como, a coleta em locais determinados de resíduos específicos destinados a reciclagem e a coleta distinta para os diferentes resíduos domésticos.

PARA IMPLANTAR A COLETA SELETIVA
            Inicialmente é necessário a conscientização de todos para a busca de soluções para o grave problema. Isto é possível através de palestras, manual de coleta seletiva e cartazes demonstrando as vantagens da reciclagem, da preservação dos recursos naturais e a não poluição do meio ambiente.
            Sinalizar e disponibilizar coletores específicos para cada tipo de material em lugar comum a todos e de fácil acesso. Hoje, além dos coletores é possível disponibilizar sacos de lixos nas cores padrões de cada material.
            Por último, é necessário ter um sistema pré-determinado para o recolhimento dos materiais selecionados, devendo estes serem encaminhados para as usinas de reciclagens.

SISTEMAS DE COLETA SELETIVA
            Existem algumas formas de coletas de materiais recicláveis. O primeiro exemplo é o sistema de porta a porta onde os caminhões do serviço de limpeza passam recolhendo os materiais separados, como na coleta de lixo comum, mas em dias específicos.
            O segundo exemplo é através da entrega voluntária (PEV) em postos de coleta distribuídos pela cidade nas escolas, praças, supermercados, onde a população entrega os materiais separados nos respectivos coletores.
            Para um volume de material maior, existem empresas especializadas que são contradas para retirar e encaminhar os materiais selecionados para as usinas de reciclagens.

COMO SEPARAR O LIXO

Materiais recicláveis
            Os principais materiais recicláveis são papeis, plásticos, vidro e metal. Todos deverão ser separados e colocados em coletores ou sacos plásticos de preferência na cor padrão de cada material conforme resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
  
Materiais não recicláveis
·         Lixo orgânico - São restos de comidas, cascas de frutas e legumes;
·         Rejeitos - Lenços e guardanapos de papel, absorvente e papel higiênico, fraldas, papéis sujos, acrílico, espelhos, cerâmicas, porcelanas;
·         Resíduos Especiais - Pilhas e baterias;
·         Resíduos Hospitalar - Curativos, gazes, algodão, seringas, etc;
·         Lixo químico ou tóxico - Embalagens de agrotóxico.

            A reciclagem enfrenta grandes problemas em sua implantação, por ter um alto custo, mas é preciso decidir se o custo financeiro é maior do que o custo ambiental e até quando o planeta e a qualidade de vida da população serão prejudicados.
            A evolução tecnológica atual ainda não proporciona um grande aproveitamento do lixo restando sempre um grande resíduo final que precisa ser armazenado até que uma utilidade seja atribuída a ele.
            Atualmente os lixões a céu aberto, têm sido o local de armazenamento e se mostram altamente ineficientes, sendo o aterro sanitário a solução provisória mais conveniente. Os aterros, devido ao seu grau de periculosidade para o solo e as águas, necessitam de estudos rigorosos do tipo de resíduo a ser aterrado e do local destinado para isso.
            O problema é constrangedor e precisa de mobilização da comunidade e das autoridades para agilizar o processo de resgate da qualidade de vida do homem e de seu meio. Campanhas que orientem a comunidade, debates nas escolas, fiscalização dos lixões, construções de aterros sanitários, implantação da coleta seletiva em todo o país, são algumas das primeiras atitudes que devem ser tomadas pelas autoridades, além do incentivo aos grupos ambientais locais que podem ajudar na tarefa de fiscalização e divulgação das campanhas desenvolvidas. Se a sociedade e as autoridades locais trabalharem juntas poderão aumentar o padrão de vida da população.
            É preciso ressaltar que de nada adianta a mobilização do poder público, se a população, que geralmente é a mais afetada com o problema, não fizer sua parte. Principalmente não jogando lixo em lugares inadequados. Mais que um problema político, é uma questão de educação.

Fonte: Web

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